[Depósito de Animações #9] O Pequeno Príncipe

Título: O Pequeno Príncipe

Título original: The Little Prince

Ano: 2015

Estúdio: Paris Filmes

Direção: Mark Osborne

Roteiro: baseado na obra “Le Petit Prince”, de Antoine de Saint-Exupéry

Sinopse: Uma garota acaba de se mudar com a mãe, uma controladora obsessiva que deseja definir antecipadamente todos os passos da filha para que ela seja aprovada em uma escola conceituada. Entretanto, um acidente provocado por seu vizinho faz com que a hélice de um avião abra um enorme buraco em sua casa. Curiosa em saber como o objeto parou ali, ela decide investigar. Logo conhece e se torna amiga de seu novo vizinho, um senhor que lhe conta a história de um pequeno príncipe que vive em um asteróide com sua rosa e, um dia, encontrou um aviador perdido no deserto em plena Terra.

Não tem como falar nesta última grande adaptação de O Pequeno Príncipe sem citar a obra que deu início a que seria uma das mais belas histórias a atravessarem gerações.

O livro O Pequeno Príncipe foi escrito pelo francês Antoine de Saint Exupéry, em 1943. E como a maioria, o meu primeiro contato com a história foi através dessa obra literária, quando adolescente. Digo “primeiro” por ter lido mais diversas vezes em fases diferentes que me proporcionaram novas interpretações e um entendimento mais profundo do que tudo aquilo significava.

Após ler O Pequeno Príncipe procurei por alguma adaptação em filme e encontrei um longa musical de 1974. Apesar de ser antigo e não ter nenhuma das tecnologias gráficas que temos hoje, a representação não deixou nada a desejar, principalmente pela atuação do ator Steve Warner, que foi um verdadeiro pequeno príncipe. 

De qualquer forma, pela força e popularidade do conto, ainda fiquei na espera por alguma adaptação contemporânea e eis que anunciam a animação de O Pequeno Príncipe! 

Em algum outro post do Depósito de Animações eu já havia comentado o quão aprecio animações que tenham um fundo moral e uma finalidade maior que risadas intermináveis em salas de cinemas lotadas. Como eu já conheço bem a história do pequeno príncipe as minhas expectativas eram gigantescas, e não tive como adiar a minha ida ao cinema logo nos primeiros dias de estreia.

Antes de tudo, o primeiro aspecto que me chamou atenção foi a mesclagem da animação gráfica com a técnica do stop motion de papel, o que trouxe toda a leveza e simplicidade que a própria história propicia. O diretor - Mark Osborne, que também dirigiu Kung Fu Panda e Bob Esponja - inseriu a trajetória de O Pequeno Príncipe na vida de uma menininha que tinha acabado de se mudar e estava sendo pressionada pela sua mãe a seguir rigidamente um planejamento de vida.

O que balança a enrijecida rotina da menina (cujo nome não é revelado) é o fato de seu vizinho ser um aviador. Ops! Não “um aviador”, e sim O AVIADOR que havia conhecido o Pequeno Príncipe em uma de suas quedas no deserto há muito tempo atrás. A partir do momento em que a menina e o vizinho tornam-se amigos, O Pequeno Príncipe começa a ser contado, como se as páginas do livro tivessem ganhado vida.

Depois de me emocionar com cada passagem da animação e me comover com o significado de cada frase, pensei o quão fã de O Pequeno Príncipe deve ser o Mark Osborne, para presentear todos os outros fãs com essa representação incrível de uma história que já é bonita só por existir.

Indico essa animação para todos que, por vezes, frustram-se para tentar entender o sentido da vida. Indico essa história a você (quando criança).

“O essencial é invisível aos olhos."

Trailer