segunda-feira, 6 de abril de 2015

The Musketeers – Balanço da 2ª Temporada


Tardou mas não falhou.

Depois de uma 1ª temporada fantástica, The Musketeers começou sua nova etapa de forma quase decepcionante. Isso provavelmente foi efeito da morte do Cardeal Richelieu, que era justamente do tipo de vilão que movimenta a trama e faz a coisa acontecer. Embora o fato de que a saída do personagem já era quase certa desde a renovação da série, uma vez que ator Peter Capaldi (que interpretou seu papel magistralmente) já estava comprometido em ser o novo Doctor Who quando The Musketeers era projetada para ser apenas uma minissérie. Culpei muito a BBC por ter renovado sem levar esse detalhe em consideração, mas continuei assistindo com esperança.

Sai o Cardeal Richelieu, entra o Capitão Rochefort. Mas apesar da ilustríssima atuação de Mark Warren, este vilão não brilhou como seu antecessor. Pode ser que por estar acostumada com a sede de poder e riquezas do Cardeal, a obsessão doentia pela Rainha Anne que movia Rochefort soou imatura e sem lógica nessa história toda. E se a meta dele era manipular o Rei Louis convenhamos que não é nenhum mérito, qualquer imbecil é capaz de enganar aquele Rei Bobão. Pelo menos ainda tivemos Milady de Winter, que se revelou uma verdadeira sobrevivente. Descobrir a verdade sobre alguns fatos do passado fez compreensível o fato de ter se tornado essa pessoa fria e sem pudor. Já não a vejo mais como vilã, talvez uma anti-heroína. No mais, foi uma grande aliada na luta contra Rochefort.

Mas o foco são nossos mosqueteiros, que ainda tiveram feitos e momentos importantes. D'Artagnan continuou lutando por um futuro com Constance, que confesso ambos terem me irritado em algumas partes mas foi impossível não vibrar quando finalmente puderam ficar juntos. Porthos esteve com raiva de Treville por um tempo ao descobrir que ele escondeu a verdade sobre seu pai, mas ao encontrar sua família paterna entendeu que seu Capitão só tentava protegê-lo. Aramis se viu numa verdadeira enrascada com seu filho sendo criado como herdeiro do trono, e para manter a segurança da Rainha chegou a se envolver com a governanta Margueritte só para poder chegar perto de Delphin. E Athos se viu arrastado de volta a sua velha mansão e sendo obrigado a enfrentar seu passado, enquanto ele e seus amigos ajudavam os camponeses a defender as terras e nós descobríamos que tanto ele quanto Milady foram vítimas de sua cunhada Catherine. Foram plots intrigantes soltos em meio a muita enrolação.

Alguns casos também foram empolgantes. Como os traficantes de escravos que sequestraram D'Artagnan e o Rei, que no fim ainda foram salvos pela Milady. A jovem profetiza Emilie, que era intoxicada pela mãe e provocava uma fé exagerada e com motivações erradas no povoado. O astrônomo Marmion que manteve toda a corte e os mosqueteiros como reféns para fazer seus jogos como forma de vingar a dizimação de sua vila e a morte de sua família. O casal de impostores que se fez passar pela prima do Rei, e cuja confusão resultou na morte de Bonacieux. (Que já foi tarde.) O lado positivo foi que continuaram fazendo casos que de alguma forma se entrelaçam com a trama central, embora o ritmo pareça ter diminuído.

Se a 2ª temporada de The Musketeers vinha apresentando um ritmo moroso no início, a coisa mudou nos últimos episódios. Ainda mais depois que Rochefort acusou a Rainha Anne de traição quando ela o atacou para se defender de suas investidas. Aí começou aquela onda de reviravoltas que tanto estava esperando. Travou-se a batalha contra Rochefort, com ele usando o Rei de marionete e ameaçando Marguerite a testemunhar enquanto todos os outros defendiam como podiam. E o pobre médico ainda pagou o pato, decapitado por traição. Mas em uma bela luta com os mosqueteiros Rochefort viu o fim de seus dias e a paz foi reestabelecida, ao menos por enquanto.

O season finale teve cara de fim de novela. Com o Rei perdoando e pedindo perdão a todos, e dizendo que é claro que Delphin só pode ser seu filho. (Senta lá, Claudia!) Aramis decidindo ir ao monastério cumprir o voto que um dia fizera a Deus. Treville sendo nomeado novo Ministro de Guerra e Porthos promovido a Capitão dos Mosqueteiros. Athos fez as pazes com Milady. E claro, o lindo casamento de D'Artagnan e Constance. Mas agora que a Espanha declarou guerra contra a França a equipe já foi buscar Aramis para essa nova aventura. E será que Milady foi mesmo embora? Só espero que a menção ao clássico lema “um por todos, e todos por um” seja um bom sinal e que a 3ª temporada seja para fechar a história com chave de ouro ao invés de continuar uma sequência de temporadas em que o nível vai diminuindo.

2 comentários:

  1. Ei Gabi,

    É triste ver uma série que começa bem legal ir perdendo qualidade, felizmente pelos seus comentários dá para perceber que não é algo que chega a ser impossível de acompanhar, mas ainda assim não é legal quando uma temporada não faz jus a sua anterior. Entendo bem essa coisa de um vilão movimentar a trama, acompanho um mangá que teve o mesmo vilão por grande parte de seus arcos, o cara era incrível, depois de sua derrota a saga perdeu o brilho, nenhum outro se igualou a ele, resultado: o autor resolveu trazê-lo de volta,hehehe. Espero que suas expectativas sejam atendidas na terceira temporada.

    Abraços!!!

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  2. GabrielaCeruttiZimmermann13 de abril de 2015 às 18:25

    É triste e frustrante, Jeferson. Ainda mais por ser uma releitura de uma história que gosto tanto. E cheguei a ter raiva por terem renovado sabendo que o vilão não poderia permanecer. E não poderão trazê-lo de volta como o vilão do seu mangá. [rs] Mas felizmente acertaram o passo e espero que continue assim até finalizarem a história.


    Abraços!

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