quinta-feira, 20 de março de 2014

True Detective – Balanço da 1ª temporada


Uma boa surpresa.

Sei que critiquei bastante True Detective no post de primeiras impressões, e confesso que por um bom tempo pensei que seria difícil escrever um balanço de temporada sem que ficasse quase idêntico aquele. Mas acabei me surpreendendo positivamente e até gostando, embora esteja bem longe de se tornar uma das minhas favoritas e algumas das primeiras impressões ainda persistam.

Já confessei meu problema com séries da HBO, então apesar das cenas fortes e impactantes tudo é meio lento e acaba soando um tanto maçante pra mim. Então sim, mesmo que lá pelo 3º episódio as investigações feitas por Rust e Marty no passado assim como o inquérito ao qual respondiam no presente ficassem cada vez mais instigantes, não pude deixar de me sentir um tanto entediada e até perdida. Cenas longas, diálogos parados... Isso me cansa.

Uma das coisas que me manteve assistindo foi realmente o caso. Cada pista colhida sobre os assassinatos das jovens que logo foram conectados ao desaparecimento de crianças causava uma curiosidade a parte. Tentar descobrir quem era o sequestrador/estuprador/assassino ritualístico e ao mesmo tempo entender seus métodos e prever seus próximos passos por vezes parecia um labirinto sem saída. Mas eis que existe Rust Cohle para conectar as peças mais improváveis e chegar às verdadeiras respostas.

Rust se mostrou um dos melhores detetives que já vi na ficção. Não sei se ele é mais fascinante investigando ou conseguindo uma confissão. Só quem assistiu viu o quanto era peculiar o seu modo de persuadir um criminoso a confessar os seus crimes. Fiquei de queixo caído a cada confissão conseguida. Em alguns casos até fez os bandidos chorarem. E não ficaria surpresa se Matthew McConaughey, que recentemente ganhou o Oscar de Melhor Ator por Clube de Compras de Dallas, ganhasse o Emmy em Setembro. Marty não conquistou tanto minha simpatia. Algumas partes, principalmente sua hipocrisia, me irritaram bastante. Mas não nego o brilhantismo da atuação de Woody Harrelson.



O final ótimo. A conclusão do caso foi arrebatadora e o encerramento dado aos personagens foi gratificante. Durante toda a temporada tivemos belas mensagens através das conversas entre Rust e Marty, mas o final foi realmente magnífico. De fazer pensar no que o ser humano é capaz, tanto para o bem quanto para o mal. Então você pode ser como Marty, e acreditar que a escuridão está vencendo por estar em maior número. Ou como Rust, e acreditar que a luz está vencendo pois um dia ela sequer existiu.

Infelizmente Rust e Marty não estarão na próxima temporada, e isso me deixa com algumas duvidas sobre assisti-la ou não. Do que já foi divulgado até agora, sabemos que a 2ª temporada terá duas mulheres como detetives protagonistas e terá como tema a história oculta do sistema de transporte dos Estados Unidos. Não sei se tenho interesse por esse assunto, então realmente vou deixar pra decidir quando escolherem o elenco.

Ao meu ver, True Detective é uma série que teve uma 1ª temporada brilhante mas que sempre dependerá da questão de quem integrará o novo elenco. Por causa disso não costumo acompanhar séries com esse formato. Gosto de ter um elenco fixo ao qual me agarrar e sofrer. [Risos] Mas pra toda regra há uma exceção, e que sabe a minha não seja True Detective?

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