segunda-feira, 17 de março de 2014

Believe – Primeiras Impressões


Believe in Bo.

Finalmente chegou a hora de uma das estreias que eu mais aguardava: Believe. A série protagonizada por uma menina mas que não é dirigida ao público infantil. Se for pra classificar o público-alvo eu diria “humano”, independente de idade, estilo, sexo e etc. Uma série que pode ser muito gostosa de se acompanhar, mas vai ter que trabalhar muito duro. Pois pra uma produção de JJ Abrams e Alfonso Cuarón dá pra evoluir bastante ainda.

Bo (Johnny Sequoyah) é uma menina com poderes paranormais como levitação, controle da natureza e até previsão do futuro. Ela nunca entendeu muito bem seus poderes e sempre foi protegida daqueles que só querem usá-los para o próprio lucro. Winter (Delroy Lindo) é o líder do grupo de guardiões da Bo, e ele lhe designa pais adotivos. Mas eles sempre acabam mortos pelas pessoas que querem a menina. Agora que Bo está com 10 anos, Winter a colocou sob os cuidados de Tate (Jake McLaughlin), um homem condenado a morte por um crime que não cometeu.


Bo e Tate tem o que chamo de “antipatia à primeira vista”. Eles se odeiam de cara e não querem em hipótese alguma ficar um com o outro. Bo queria mesmo ficar Winter e Channing (Jamie Chung), mas o mais seguro pra ela é ficar com Tate. E eles precisarão aprender a lidar com suas diferenças para ficarem a salvo até a hora de Bo ser revelada ao mundo. A escolha de Winter por Tate a princípio parece despropositada, mas há um motivo que é revelado ainda no piloto. Só não serei eu quem vai contar.

Os poderes de Bo aliados a inteligência e astúcia que a menina tem para fugir e se esconder me arremeteram a uma mistura das Crianças do Cortexiphan com o Project Christmas. Pra quem não viu Fringe nem Alias uma rápida explicação. Em Fringe as Crianças do Cortexiphan são crianças que receberam doses periódicas de cortexiphan, uma substância criada por Walter e William que aumentava o desenvolvimento e desempenho do cérebro. Cada uma dessas crianças desenvolveu um dom que naturalmente podia nunca ter se revelado. Olivia, por exemplo, desenvolveu a empatia e a capacidade de viajar entre os universos. Já em Alias o Project Christmas seria um projeto da CIA que aplicava testes específicos de QI em crianças para descobrir futuros espiões em potencial. Acho que só eu aliei as duas coisas, mas tudo bem. Todavia, a forma como Bo disse a Tate que eles devem ajudar as pessoas e procurou o Dr. Terry para dizer que ele não devia desistir de sua carreira me lembrou muito Touch. Só que diferente de Jake que dava números ao pai pra que ele resolvesse a situação, Bo vai direto ao assunto. O que acho bastante positivo.


A escolha do elenco é meio duvidosa. Alguns atores são bem méh, principalmente no que diz respeito a Jake McLaughlin. Ele simplesmente não consegue passar o que Tate sente. Mas tratando-se de Johnny Sequoyah... Essa menina nasceu pra brilhar. Só com o olhar ela consegue passar a astúcia de Bo, foi a escolha perfeita para interpretar uma menina tão especial. E não entendo porque tanta gente achou Bo chata. Ela é bastante geniosa sim, mas longe de ser chata. Jamie Chung é a única que eu já conhecia por sua participação como Mulan na série Once Upon a Time. Pelo pouco que vi dela nas duas séries ela é no mínimo razoável.

Believe pode não ter tido o piloto mais “UAU!” da história, mas também não foi um lixo como muitos estão dizendo. Muita coisa precisa ser trabalhada, inclusive a estrutura dos diálogos. Mas tem um grande potencial aí, é só aguardar e torcer. Mais que isso, acreditar. Sim. E se me perdoam um trocadilho infame: I believe in Believe.



P.S.: Aos fãs de Fringe, sei o que sentiram ao ver a borboleta guiar Tate. :')

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