quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O fim de Dexter e Breaking Bad


Como lidar?

Setembro está aqui, e com ele vem o término de duas aclamadas séries de TV. Ambas protagonizadas por anti-heróis. De um lado o psicopata justiceiro Dexter Morgan. Do outro, o químico produtor de metanfetaminas e maniqueísta Walter White. Depois de nos proporcionarem momentos e emoções dos mais diversos tipos se aproxima a hora da despedida. A questão é: Como será essa despedida?

Alerta de spoiler! Esse post pode conter revelações de enredo para quem está nas primeiras temporadas.

Tanto Dexter quanto Breaking Bad são séries que retratam a dualidade do ser humano. Mostrando que a linha entre o bem e o mal é tênue, e por vezes até inexistente. Michael C. Hall e Bryan Cranston viveram isso brilhantemente na pele de seus personagens. Não desmerecendo o trabalho dos outros atores que são igualmente brilhantes (com exceção de Desmond Harrington), mas hoje quero focar nesses dois personagens que deixaram suas marcas – em vários sentidos – e que provocam inúmeras teorias a respeito de suas despedidas.

Talvez acabem presos e talvez até morram. O fato é que mesmo que ambos sejam capazes de grandes atrocidades, ficamos com uma certa dúvida se queremos que paguem por seus erros. Pois ficamos tão envolvidos com suas tramas e compreendemos tão bem suas perspectivas que julgá-los se torna um ato difícil. Dexter mata sim, criminosos que tiraram inúmeras vidas e que de alguma forma saíram impunes. Walter fabrica metanfetaminas, mas começou isso para garantir a sobrevivência de sua família. Todavia, ambos extrapolaram e tudo caminha para que de alguma forma sejam punidos. E como telespectadores, esperamos ser surpreendidos de forma positiva com isso.

Não acompanhei nenhuma desde a época de suas estreias. Comecei Dexter ano passado com uma maratona de seis temporadas que me preparou para a 7ª temporada, e embarquei no universo de Breaking Bad há poucos meses com uma maratona que até relatei aqui no Constantes & Variáveis. E assim como suas influências no mundo das séries, tive experiências quase contrárias com elas. Dexter foi aclamada desde o início – provavelmente devido ao sucesso dos livros de Jeff Lindsay nos quais a série é baseada – e comecei adorando-a. Mas a queda na qualidade dos roteiros (principalmente depois da 4ª temporada) foi tanta que sua credibilidade foi decaindo no mesmo nível, junto com meu apreço. Já Breaking Bad era quase desconhecida no início, mas com a constante e crescente qualidade – que notei quando assisti – foi divulgada de boca em boca pelos fãs que cativou e se disseminou mais que fofoca em cidade pequena. E assim como seu público, meu interesse só aumentou com o decorrer da trama.

A mesma variável é nítida no que diz respeito ao rumo final. Enquanto Dexter tem um final aparentemente feito nas coxas (o que leva a crer que a decisão sobre o encerramento da série foi tomada em cima da hora), Breaking Bad caminha em passos firmes por uma estrada visivelmente bem planejada há muito tempo e que leva a um destino que... Bem, não faço ideia de que destino seja esse mas certamente fará mentes explodirem.

Se vimos Dexter ser humanizado (por vezes de forma esdrúxula), em contramão vimos Walter assumir uma postura cada vez mais implacável. Ambos tem citações marcantes que não refletem suas personalidades mas que também viraram bordões entre os fãs. Seja Dexter com seu “I'm father... A son... And a serial killer.”, quando se deu por quem e o que ele é. Ou Walter com seu épico “Say my name”, que diz muito sobre seu orgulho e necessidade de reconhecimento. E claro, essas frases assim como tantas outras talvez não fossem nada sem a entonação que seus interpretes encontraram para elas.

Mas seja como for, temos apenas esse mês para acompanhar essas sagas até que cheguem seus inevitáveis fins. Dexter acaba primeiro, no dia 22 com o 8x12 (Remember the Monsters?). E Breaking Bad uma semana depois, no dia 29 com 0 5x16 (Felina). Sendo assim, só nos resta assistir apreensivos aos últimos episódios e viver as últimas emoções e momentos que tem a nos proporcionar.

P.S.: O post é formado por opiniões 100% pessoais e não espero que ninguém concorde com tudo. Cada um com seus prós e contras, certo?


Revisão e contribuição: Fábio Lins

Nenhum comentário:

Postar um comentário