domingo, 8 de setembro de 2013

[Debate em Movimento #01]: Como me tornei uma seriadora


E como minha vida mudou.

Hey, dudes! Hoje teremos a estreia da coluna Debate em Movimento em parceria com os blogs One Minute Review da Hanna Lourenço e Distrito Irrelevante do Ítalo Santana. A cada segundo domingo do mês nós abordaremos – cada um em seu blog - um tema escolhido por nós. A ideia foi da Hanna, Ítalo e eu adoramos e topamos na hora! Espero que vocês curtam a ideia tanto quanto nós mesmos. ;)

Quebramos a cabeça até chegar nesse primeiro tema, mas enfim decidimos que seria sobre como viramos seriadores. Nada mais justo, já que nos conhecemos por causa de uma série. (Falarei sobre isso mais adiante.) E mesmos que muitos já saibam como comecei essa nada mole, porém maravilhosa, vida de seriadora, ainda há muito que posso dizer sobre ela. Então vamos nessa!

Quando criança eu assistia essas séries de animação infantis mesmo, sejam Disney, Warner, Cartoon Network, Nickelodeon... Adorava principalmente adaptações de longas como 101 Dálmatas e Aladdin. Fora isso também assisti alguns episódios aleatórios da Família Dinossauro e comédia transmitidas pelo SBT como Um Maluco no Pedaço, Três é Demais e, é claro, Chavez. Também séries dirigidas ao público infantojuvenil como Sabrina – Aprendiz de Feiticeira, As Patricinhas de Berverly Hills e Kenan & Kel. E tá bom, Power Rangers.

Durante muito tempo essa foi minha relação com séries, já que por boa parte da minha vida não tive TV a cabo e nem uma internet descente. Só fui tê-los por volta dos 13 ou 14 anos, entre 2005 e 2006. E embora a TV a cabo tenha me permitido assistir Drake & Josh e ALF, ainda não foi assim que virei uma seriadora. A porta definitiva pra isso se abriu no dia 07 de Novembro de 2006, quando minha mãe chegou do trabalho dizendo que um colega emprestara um DVD com os dez primeiros episódios de uma série chamada Lost. Como eu não tinha nada melhor pra fazer mesmo, resolvi assistir com meus pais.

E sem duvida eu não tinha nada melhor pra fazer naquela hora e nem no resto da minha vida. No momento em que comecei a assistir, a primeira cena, aquele caos, foi como atravessar um portal para uma nova dimensão onde finalmente me encontrei. Lost tinha tantos mistérios, tantas nuances, tantas emoções a serem proporcionadas que simplesmente me conquistou. Estava uma fase meio depressiva, e Lost me ajudou a encontrar um novo ânimo. Maratonei as duas primeiras temporadas e a partir da 3ª comecei a acompanhar pela TV a cabo. Ainda não tinha uma internet descente naquela época.

Com Lost eu aprendi todos os conceito e termos do mundo das séries. Temporadas, hiatus, season premiere, season finale e tudo mais. E como Lost é exatamente o tipo de série que não basta só assistir todos os episódios, comecei a pesquisar sobre os assuntos abordados e participar de grupos de discussão. Até criei um Fotolog dedicado à série e elenco (já que muitos deles se tornaram meus atores favoritos), onde além de começar amizades que levo até hoje comecei a ver que gostava de comentar sobre o que via. Isso aconteceu também no Twitter, mais tarde.

Embora nesse meio tempo eu também tenha começado Chuck e Everybody Hates Chris, me dediquei quase exclusivamente a Lost. Tanto que acompanhei Everybody Hates Chris pela Record mesmo e Chuck só consegui terminar de assistir no ano passado em uma maratona. Mas tornar-me-ia uma verdadeira seriadora apenas quando Lost estava próximo do fim.

Sim senhoras e senhores, a verdade nua e crua é que Lost se aproximava de um fim iminente. Mas e quanto a mim? Como eu ficaria depois de quatro anos e meio de dedicação? Infelizmente eu não podia convencer JJ, Damon e Carlton de que Lost deveria durar para todo o sempre. Então eu só podia aguardar o fim, viver o luto e tapar o buraco. E o que seria melhor pra tapar o buraco do que outra série? Ou outras séries, principalmente se no elenco houvesse algum dos meus queridos atores de Lost. E na fall season 2009/2010 começaram três. The Vampire Diaries, que não era muito meu estilo mas tinha meu queridinho (e da Fernanda também, antes que ela me mate)... Digo, Ian Somerhalder. FlashForward, numa dose dupla de Lost com os ótimos Dominic Monaghan e Sonya Walger. E V, com a diva Elizabeth Mitchel. Nesse período eu já tinha uma internet que me permitia baixar os episódios e acompanhar junto ao público americano.

E assim fui assistindo cada vez mais séries. Seja porque tinham alguém do elenco ou produção de Lost, por ter uma proposta “parecida” ou simplesmente porque gostei do enredo. Nem vou nomear e comentar todas porque isso aqui viraria um livro. Algumas me marcaram muito (Fringe, Alias, Hawaii Five-0, Once Upon a Time, Person of Interest, Breaking Bad...), outras me decepcionaram e acabei largando (The Vampire Diaries, Glee, Wilfred...). Mas depois de Lost, (sendo que a essa altura eu já tinha escrito alguns textos pro Viciado em Série a pedido do Fábio) a série que me mostrou que eu realmente gosto de comentar o que vejo foi Hawaii Five-0. Isso aconteceu quando o Gabriel me convidou para escrever os reviews da série (assim como de Hellcats) para o Canal de Séries. Então ano passado conversando com o Ítalo no Twitter (não lembro bem porque começamos a conversa, mas acho que foi por causa do episódio daquela semana) e ele me convidou para escrever também no Hawaii Five-0 Brasil. E logo em seguida conheci a Hanna. ^^

E até as séries que me decepcionaram tiveram algo a me proporcionar. Por exemplo, graças a The Vampire Diaries conheci a Fernanda (assim como a Adriana, a Luiza e a Alessandra) e ela me convidou pra fazer parte da ISF Brazil. Isso significa conhecer pessoas com os mesmos objetivos e lutar por eles. E claro, depois eu viciei a Fernanda em Lost e Hawaii Five-0 porque faz parte de ser um seriador manipular seus amigos. [rs]

Enfim, me tornar uma seriadora foi mais do que assistir séries. Foi a descoberta de novos conceitos e de boa parte do que realmente gosto e sou. As séries me ajudaram a além de conhecer atores, atrizes e produtores brilhantes, amigos leais. E até meu próprio mundo. Por isso posso dizer que quero viver pra assistir séries e assistir séries pra viver! \o/





P.S.: Até hoje nenhuma série tapou o buraco deixado por Lost.

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